Imagem: Pixabay
O que diz a Conab
Soja – 98% semeado. Em MT, a colheita começou na última semana, principalmente em áreas sob pivôs. As operações se intensificaram a partir da 2ª quinzena de janeiro. Na BA, semeadura finalizada, com lavouras em boas condições, mas há excesso de umidade no solo e alta nebulosidade. No RS, as altas temperaturas e escassez hídrica comprometem as plantas, que apresentam porte baixo e redução no número de vagens. Lavouras mais ao Sul estão em melhores condições. No PR, 43% das lavouras estão em condições médias ou ruins devido à falta de chuvas.
Milho – 90% semeado. No RS há registros de lavouras com falhas na polinização, formação de espigas chochas e grãos leves devido à restrição hídrica. No PR, a escassez hídrica afeta principalmente lavouras em fases reprodutivas, e há perspectiva de redução no rendimento. No MA a semeadura encontra-se atrasada, devido ao excesso de chuvas, e atinge 60% da área. Em GO, lavouras seguem em boas condições, com primeiras áreas ingressando à fase de enchimento de grãos. Na BA, as operações de semeadura estão em fase final. As lavouras estão em boas condições, sem danos significativos por excesso de umidade.
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Projeção das Chuvas
A projeção para os próximos 7 dias indica que os maiores acumulados deverão ocorrer na parcela central de MG, superando em alguns pontos os 250 mm. Pontualmente sobre o MT, GO e PA os volumes também deverão ser expressivos, mas ressalta-se que essas chuvas mais intensas ocorrerão de forma esparsa.
A expectativa é de que no decorrer da semana haja a configuração de um novo episódio da Zona de convergência do Atlântico Sul (ZCAS) – um grande corredor de umidade ligando a região amazônica com o oceano – assim as chuvas vão continuar persistindo sobre grande parte da BA, onde o excesso de chuvas já influencia nas lavouras.
Por outro lado, na região sul e sul do MS, os volumes previstos são baixos – com áreas em que a previsão indica valores inferiores aos 5 mm – e irregulares. Podendo resultar em um agravamento do estresse hídrico.
Por: Aline Merladete | Agrolink