Imagem: Pixabay
O Departamento de Alfândegas da China (GAAC) revelou nesta semana que as importações de milho do país em setembro de todas as origens atingiram 3,53 milhões de toneladas. O volume é o segundo maior da história e perde apenas para o embarcado em junho deste ano, aponta a Consultoria AgResource Brasil.
“A ausência da China nas compras de milho dos Estados Unidos desde abril tem sido um grande ponto de discussão no mercado”, dizem os analistas. Mas, na visão da AgResource, não há “nada que indique que as importações de grãos para alimentação animal por parte da China na temporada 22/23 serão diferentes do recorde do ano passado”.
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De acordo com a Consultoria, com a quebra da safrinha no Brasil e os vendedores brasileiros optando por manter o grão no mercado interno, o país asiático será obrigado a comprar milho do hemisfério norte.
A AgResource calcula que as importações finais de milho pela China no ano comercial internacional, que vai de outubro a setembro, atingirão 29,5 milhões de toneladas em 20/21, um aumento de 1,5 milhão de toneladas em relação à previsão atual do USDA.
MERCADO GLOBAL
O avanço da safra dos Estados Unidos acrescentou um clima de baixa, avalia a Consultoria TF Agroeconômica. Por sua vez, o Conselho Internacional de Grãos elevou ligeiramente sua projeção para a produção mundial de milho.
“Dados robustos sobre a demanda externa forneceram suporte. As exportações, após a primeira semana, atingiram 4,46 MT em 14/10. Isso supera o ritmo da temporada passada em 17%. Para milho, o relatório semanal mostrou um recorde no ano comercial de 262.541 T foram vendidas, principalmente para a China e destinos desconhecidos”, concluem os analistas da TF.
Por: Leonardo Gottems | Agrolink