Imagem: Pixabay
Dados da FAO comparando a evolução de preços dos EUA e do Brasil na exportação de carne de frango (produto in natura, exclusivamente) apontam que nos 10 anos transcorridos entre 2010 e 2019 os dois países registraram, em valores relativos, evolução muito similar.
Assim, embora boa parte do período tenha sido marcada por forte redução dos preços recebidos, Brasil e EUA chegaram a 2019 com, praticamente, a mesma paridade registrada em 2010, ano-base da análise.
Com a pandemia (2020) isso muda de figura. Em detrimento dos preços brasileiros. Pois enquanto o produto norte-americano sofreu redução anual de 1%, o do Brasil sofre queda de quase 13%.
E ainda que, a partir de janeiro de 2021, tenha ocorrido valorização constante dos preços brasileiros (acompanhada, inicialmente, também pelos EUA, mas interrompida a partir de maio passado), a paridade anterior não foi recuperada.
Em agosto passado os EUA registraram (em relação ao ano-base) preços cerca de 12% superiores, enquanto para os brasileiros a evolução não passou de 5%.
Notar, de toda forma, que a partir do segundo semestre de 2021 a carne de frango brasileira voltou a superar os valores registrados em 2010. Mas continua, pelo menos em dólar, mais barata que no quadriênio 2011/2014.
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A propósito do dólar, é interessante observar que a pandemia, talvez, teve influência mínima na queda dos preços brasileiros de 2019 para 2020. Ou seja: a redução de preços parece estar atrelada, muito mais, à valorização, entre nós, da moeda americana, superior a 30%. E isso – como aponta o gráfico – puxou para baixo o Índice de preços da FAO para a carne de frango, em cuja formação os preços brasileiros têm maior participação.
Em outras palavras, o retrocesso do Índice FAO registrado em 2020 foi ocasionado, essencialmente, pela baixa de preços do Brasil, maior exportador mundial de carne de frango.
Clipping: Notícias Agrícolas | Fonte: Avisite