O preço do milho em Santa Catarina chegou a R$ 70,50 em duas praças diferentes no último dia 2 de outubro. “Quando, no final de agosto, dissemos que não nos surpreenderíamos se o preço atingisse R$ 65,00 no final de setembro e R$ 70,00/saca em outubro e eventualmente R$ 75,00 em novembro, não imaginávamos que nossa previsão iria se concretizar antes do que estávamos prevendo”, aponta a TF Agroeconômica.
“E a pergunta que fica é: o milho tem chance de subir mais? Continuamos acreditando que sim”, aponta a equipe de analistas de mercado da TF, que destacam os seguintes fatores:
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a) Escassez de ofertas atingiu praticamente todos os estados consumidores, estando as ofertas restritas aos estados do Centro- Oeste brasileiro (MS/MT e GO, principalmente) que abastecem o RS, SC e SP, mas a preços elevados, uma vez que os preços nas origens também estão subindo, aos quais deve-se acrescentar o frete;
b) Quanto mais se compra dos estados do Centro-Oeste (demanda inelástica), menor fica a disponibilidade (oferta elástica) e mais sobem os preços. Ora, os preços do milho na região de Dourados já estão, segundo a média Cepea, ao redor de R$ 55,00. Se for acrescentado o frete médio de R$ 11,00/saca, o milho matogrossense chegaria ao Rio Grande do Sul ao redor de R$ 66,00, neste início de outubro. Como mostramos abaixo (ver MS) nesta semana foram negociados lotes não apenas para o mercado interno, mas também para a exportação, diminuindo a disponibilidade e aumentando a possibilidade de alta nos preços locais.
c) Como já damos como certo que o preço atinja R$ 70,00/saca no RS e em SC ainda na primeira quinzena de outubro, é provável que ele possa subir gradualmente para R$ 73,00 até o final do mês e vemos grande chance de ele atingir R$ 75,00/saca no mês de novembro, quando ainda não haverá nenhuma disponibilidade da safra de verão e a Safrinha de inverno anterior estará com sua disponibilidade muito reduzida.
d) Finalmente, com os agricultores fortemente capitalizados pelos excelentes lucros da soja, do milho e do trigo neste ano, não se sentem pressionados a vender e podem esperar preços melhores.
Fonte: Agrolink
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