Navios cargueiros que passam pelo rio Paraná, importante escoamento de grãos da Argentina, terceira maior exportadora de soja e milho e principal fornecedora de farelo de soja, estão precisando reduzir sua capacidade depois de baixa histórica no nível do rio e obstrução do canal de navegação.
Um navio que normalmente carregava cerca de 50 mil toneladas está reduzindo sua capacidade em pelo menos 10 mil toneladas para navegar com margem de segurança adequada.
Especialistas da Bolsa de Rosário divulgaram relatório em que detalham as consequências dessa obstrução no rio Paraná. Na última semana, o nível do rio medido pelo hidrômetro localizado em Rosário teve uma queda acentuada, para 0,4 metro, o menor nível desde 1971. O ideal seria 2,47 metros.
Segundo a bolsa, a situação do rio implica em enormes problemas logísticos, de transporte e industrialização, com um custo associado de US$ 244 milhões à indústria local nos últimos quatro meses. Cerca de 80% das exportações agrícolas e agroindustriais da Argentina são enviadas por Rosário.
“Desses terminais portuários 67% dos grãos, 96% das farinhas e 93% dos óleos vegetais exportados pelo país no período foram despachados em 2019”, disse o relatório da bolsa. Trabalhos de dragagem estão sendo realizados em Rosário, mas não há previsão de retomada das atividades a níveis normais.
Fonte: DATAGRO
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