A pandemia de Covid-19 afetou a produção e o consumo de insumos químicos, ao ponto de gerar quebra na demanda a partir do mês de abril. Foi isso que informou a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
Nesse cenário, os dados indicam que 36% mantiveram o ritmo de utilização da capacidade instalada em abril, ou seja, de cerca de 70%, enquanto 50% reportaram elevação da ociosidade para níveis acima de 40% e 50%, e 7% operaram à plena carga, com níveis acima de 90% de utilização da capacidade instalada. A diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, lembra que a ociosidade pode não representar a realidade percebida mais na ponta da demanda, devido às características do setor.
Além disso, das empresas que responderam à pesquisa, 77% indicaram queda nas vendas internas e também nas externas, dando nitidamente um quadro mais real do forte recuo da demanda por produtos químicos. “As empresas precisam manter um nível mínimo de operação para a manutenção da produção das plantas industriais e poderemos ter paradas programadas de algumas empresas devido ao excesso de estoque”, explica Fátima.
“Nesse momento delicado, de recuo expressivo de preços do petróleo, não dá para as nossas empresas continuarem pagando um gás referenciado a um óleo de US$50-60/barril. Não dá para competir. Entendemos a situação, mas esse delay precisa ser diminuído. Apesar de um primeiro trimestre relativamente bom, a nossa expectativa agora é a de expressivo recuo nas vendas de produtos químicos em geral a partir de abril especialmente pela forte queda da demanda em diversos importantes segmentos clientes da química, como construção civil e automobilístico”, complementa a diretora.
Fonte: Agrolink
LEIA TAMBÉM
{module 441}