De acordo com Sean Hyland, gerente de Produtos Milho e Sorgo da Cargill para a América do Sul, hoje o “mercado de referência do milho tornou-se a América do Sul”, enquanto os Estados Unidos e o Mar Negro (pela Ucrânia) se tornaram um “amortecedor para o fluxo total de cereais”. De acordo com o executivo, os sul americanos suplantaram a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT, pertencente ao CME Group).
“Estimo que o Brasil vai acabar exportando 41 milhões de toneladas de milho [na temporada 2019/2020], enquanto a Argentina colocará 38 milhões e a Ucrânia mais 30 milhões”, declarou Hyland em conferência realizada esta semana no “IV Day of Agricultural Perspectives”, realizado na sede da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA).
Segundo ele, nesta campanha Brasil, Argentina e Ucrânia exportarão 16 milhões de toneladas a mais de milho do que o previsto há seis meses, dando imediatamente um grande peso ao mercado mundial de cereais. “Será possível manter essa tendência? A boa notícia é que sim, a questão vai ser como continuar a crescer nos próximos anos e o que acontecerá com o milho na Argentina com base na política [ainda a ser implementada pelo novo governo de Alberto Fernández]”, acrescentou.
“Hoje muitos estão tomando como certo [para calcular o equilíbrio entre oferta e demanda 2019/2020] que Argentina e o Brasil vão ter uma grande colheita de milho, algo que eu acho que é um erro, porque você não pode prever com tanta antecedência o que vai acontecer no longo prazo”, conclui o executivo da Cargill.
Fonte: Agrolink