A produção de milho segunda safra no Brasil pode atingir o montante de 68,2 milhões de toneladas, registrando um aumento de 22,6% em relação à colheita do ano passado e, ainda, um volume inédito da produção, segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na avaliação do instituto, a alta na produção de milho segunda safra é um dos principais fatores que devem impulsionar a colheita nacional de grãos, que deve chegar a 234,7 milhões de toneladas neste ano, 3,6% acima da safra de 2018.
Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Antônio Barradas, o aumento na produção se deve a uma série de fatores: “o ano agrícola começou mais cedo. As chuvas previstas para outubro caíram na segunda quinzena de setembro, antecipando o plantio da soja. Isso expandiu a janela de plantio do milho, que por sua vez pegou um clima favorável por mais tempo. E o aumento nos preços na época do plantio completou o quadro positivo”.
Os maiores aumentos em volume de produção de milho, em relação a abril, foram estimados para Mato Grosso (8,3%, ou 2,2 milhões de toneladas) e Sergipe (39,2%, ou 203,9 mil toneladas).
Já a estimativa de produção nacional frente a 2018 é de quedas de 4,5% para a soja e de 11,2% para o arroz, e acréscimo de 15,7% para o milho.
Postagem: Marina Carvejani