O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na sexta-feira (17.05) baixa de 18,00 pontos no contrato de Julho/19, fechando em US$ 8,2175 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com desvalorizações entre 17,50 e 18,25 pontos.
Os principais contratos futuros fecharam a semana em forte queda no mercado norte-americano de soja, quando se diluiu o otimismo sobre as negociações para o fim da Guerra Comercial. “A renovação das tensões entre Estados Unidos e China impactaram fortemente sobre os preços da soja. De um lado, os EUA impuseram restrições para fazer negócios com a Huawei, maior empresa chinesa de telefonia celular.
De outro, a China respondeu anunciando falta de interesse nas conversações comerciais, dado o aumento das pressões”, aponta o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica.
De acordo com a ARC Mercosul, após uma semana altamente volátil, as cotações em Chicago encerraram com a soja e o milho em direções opostas: “O foco especulativo continua nos problemas climáticos agravando o atraso do plantio norte-americano. Além do mais, os operadores do mercado entendem que a janela de plantio ideal do milho está próxima de encerrar, sendo que a deriva para o cultivo da soja poderá ser agressiva”.
A ARC lembra que, mesmo com esta variação de cultura, os mapas climáticos para o início de junho continuam prejudiciais: “A janela da soja se perdura por mais 40 dias, entretanto a oleaginosa semeada em junho já entra em desenvolvimento com um teto produtivo reduzido pela falta diferenciação da incidência luminosa e temperaturas mais quentes durante as fases vegetativas. Um limitante de produção para safra EUA já está sendo definido”, concluem os analistas da ARC Mercosul.
Postagem | Marina Carvejani
Autor | Leonardo Gottems
Fonte | Agrolink