A forte redução do preço do milho nas últimas semanas pode ter atingido o seu limite, avalia o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica: “Mesmo com o mercado parado, o cereal teve o terceiro dia de alta. Ambos os lados ainda procuram a melhor oportunidade de preço, o que tem evitado o fechamento de novos contratos”.
“As Indústrias e as Granjas alegam terem um considerável estoque e um bom fluxo de milho tributado, já os produtores mantém o grão nos silos esperando uma boa negociação, a esperança está em um novo pico de exportação, visto o câmbio favorável”, explica o especialista.
No entanto, toda a evolução da colheita do milho safrinha, assim como a evolução plantio no Centro-Oeste e Sul do país dão a perspectiva de uma boa disponibilidade do cereal para o segundo semestre, mesmo que o excesso de chuva ainda gere atenção em algumas áreas. Para o Cepea, o milho subiu 1,12% na B3 e 1,44% em Campinas.
FUTUROS
O milho manteve a recuperação dos preços pelo terceiro dia seguido também na B3. Desta forma, a cotação de maio fechou em alta de 0,58%, julho fechou em alta de 0,30%, setembro com estimativa de 0,30%, novembro fechou em alta de 0,40%, janeiro20 de 0,11%, julho20 de 0,30% e setembro20 de 0,30%.
“As exportações do Centro-Oeste fora do padrão para o período mantiveram as perspectivas positivas para os próximos dias. No entanto, o mercado ainda deve ficar atento aos preços para o segundo semestre desse ano. Visto a consolidação de uma boa colheita para o milho safrinha no Brasil e Paraguai”, conclui Pacheco.
Fonte: Agrolink | Autor: Leonardo Gottems