NOAA confirma La Niña, mas impacto será mínimo

NOAA confirma La Niña, mas impacto será mínimo
Imagem: Pixabay

O fenômeno La Niña é a fase negativa de um fenômeno maior, conhecido como El Niño Oscilação Sul (ENOS). Sendo a La Niña caracterizada pelo resfriamento das águas do Oceano Pacifico Equatorial, além de causar influências nos padrões de circulação dos ventos, alterando o clima em algumas regiões do planeta, incluindo o Brasil.

O boletim emitido em 9 de janeiro de 2025 informa que as condições de La Niña estão presentes e devem permanecer até o trimestre de fevereiro a abril, com 59% de chances. A expectativa é que La Niña perca força ainda no primeiro trimestre do ano e migre para uma condição de neutralidade entre março e maio, com 60% de chances.

Apesar do estabelecimento do fenômeno, alguns especialistas da agência destacam pontos importantes. Eles revelam que, ao desconsiderar o aquecimento anômalo das águas dos oceanos, o fenômeno La Niña já poderia estar ativo. Segundo os especialistas, isso teria ocorrido desde agosto de 2024.

Mas vale ressaltar que, essa La Niña será de fraca intensidade, com no máximo de 12% de probabilidade de evoluir para uma intensidade moderada.

Comparação entre outros centros

Segundo o Bureau de Meteorologia da Austrália, em seu boletim emitido no dia 8 de janeiro de 2025, as condições oceânicas ainda permanecem como neutras. Apesar de que são observados elementos que colaboram com a presença da La Niña,

SO centro australiano afirmou que a maioria dos limiares não sustentam uma condição de La Niña. No entanto, observações recentes mostram que os indicadores oceânicos e atmosféricos apresentam um forte sinal de acoplamento, consistente com o padrão da La Niña.

Apesar disso, a maioria das projeções indicam o retorno da Neutralidade ainda em março.

NOAA confirma La Niña, mas impacto será mínimo

Impactos na safra 2024/25

De maneira geral, estamos caminhando para o final da primeira safra, com as primeiras lavouras sendo colhidas, com boas perspectivas e plantas muito saudáveis.

Mesmo com a La Niña, espera-se que o clima seja adequado para este final de safra, sem sinais de impactos mais significativos do fenômeno no Brasil.

A região centro-oeste, sudeste, MATOPIBA e nordeste, devem passar por um mês de fevereiro com chuvas abaixo da média, o que é positivo para o avanço do plantio, mas acende um sinal de atenção para as lavouras que ainda estão em estádios que demandam uma maior necessidade hídrica, como enchimento de grão e floração. 

Além disso, caso o período seco seja mais persistente e acompanhado de temperaturas mais elevadas, deve impactar o plantio das lavouras de segunda safra. 

No sul do Brasil, espera-se um período mais úmido, que pode limitar o ritmo da colheita nas lavouras mais precoces, mas favorecer as lavouras plantadas no final da janela de plantio.

E sobre as temperaturas, as projeções vêm mostrando um cenário mais favorável. Apesar das temperaturas estarem acima da média, não serão valores extremos como os registrados no ano de 2024.

Embora a La Niña esteja ativa, ela causará impactos muito limitados aqui no Brasil, afetando pouco as lavouras da safra 2024/25, de acordo com a NOAA. Contudo, será necessária muita atenção no plantio da segunda safra, com a possibilidade de falta de umidade no solo. 

Fonte: Gabriel Rodrigues | Agrolink

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