A produção de amendoim no Brasil para a safra 2024/2025 está estimada em 1,042 milhão de toneladas, representando um aumento de 42,1% em relação à safra anterior. As informações foram divulgadas por Isan Rezende, Presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso (FEAGRO MT) e do Instituto do Agronegócio.
A área plantada também deve registrar um crescimento significativo, com aumento de 6,2%, alcançando 271,2 mil hectares, em comparação aos 255,4 mil hectares da safra 2023/2024. Além disso, a produtividade apresenta projeções positivas, com expectativa de atingir 3.846 kg/ha, um incremento de 33,9% em relação ao ano anterior.
Adoção de sementes certificadas impulsiona produtividade
Um dos fatores responsáveis pelo aumento da produtividade é a adoção de sementes certificadas e registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Além disso, essas sementes substituem as tradicionais “sementes salvas”, proporcionando maior eficiência e qualidade na produção. Por essa razão, essa mudança tem sido essencial para o melhor desempenho das lavouras.
Enquanto isso, os agricultores de São Paulo continuam liderando a produção nacional, sendo responsáveis por 90% do total. Por exemplo, municípios como Tupã, Marília, Jaboticabal e Presidente Prudente se destacam nesse cenário.
Expansão para outras regiões e demanda crescente
Embora São Paulo mantenha a liderança, a fronteira agrícola do amendoim tem avançado para outros estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Triângulo Mineiro e Goiás. A crescente demanda do setor, especialmente da indústria de chocolates, amendoins e balas, impulsiona esse crescimento, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab).
Atualmente, o Brasil ocupa a sexta posição mundial na produção de amendoim, atrás de países como China, Índia e Estados Unidos.
No cenário global, o Brasil se destaca como líder mundial na exportação de óleo de amendoim, especialmente para o setor farmacêutico. Apesar desse desempenho expressivo, o país enfrenta desafios relacionados à modernização dos equipamentos de colheita, o que pode limitar o potencial de crescimento futuro.
Fonte: Leonardo Gottems | Agrolink