A semana começa com os preços da soja em alta na Bolsa de Chicago. Nesta manhã de segunda-feira (4), por volta das 5h50 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 10,25 e 11 pontos. O contrato de novembro valia US$ 9,92 por bushel, enquanto o contrato de maio – referência para a safra brasileira – estava cotado a US$ 10,36 por bushel.
Apesar disso, o avanço dos preços ocorre mesmo com o progresso no plantio da safra de soja no Brasil, que ganhou ritmo nas últimas semanas em razão de condições climáticas mais favoráveis. Dados da Pátria Agronegócios indicam que a área semeada alcançou 59,2% até a última sexta-feira (1), superando o mesmo período do ano passado.
“A semana foi de rápida evolução nos trabalhos de campo, com o plantio avançando além do registro de 2023. Em especial, destaque para o progresso em Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul ao longo da semana”, informou a consultoria.
Clima favorável e eleições nos EUA impulsionam mercado de soja
As previsões climáticas indicam boas chuvas em quase todo o país, especialmente nas regiões produtoras, para os próximos 10 dias.
Além do clima e do plantio no Brasil, o foco dos traders nesta semana está voltado para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, consideradas as mais importantes do ano, com uma disputa acirrada entre Donald Trump e Kamala Harris.
A vitória de Trump, segundo alguns analistas, pode impulsionar os preços e criar uma pequena bolha na CBOT (Bolsa de Chicago), mas eles não garantem que isso aconteça e, mesmo que ocorra, acreditam que essa bolha terá vida curta”, afirma Ginlado Sousa, diretor-geral do Grupo Labhoro. “Se Trump for eleito, muitos esperam que ele aumente as tarifas para a China, como fez anteriormente. Esse movimento pode desagradar os chineses, que poderiam priorizar produtos sul-americanos, o que poderia afetar a sustentação dos preços na CBOT”, complementa.
Ainda nesta segunda-feira, as altas de mais de 1% nos futuros de farelo e trigo em Chicago apoiam o mercado da soja em grão. Já o óleo de soja e o milho permanecem estáveis, mas no lado positivo da tabela. O aumento de mais de 2% no preço do petróleo também contribui para o cenário de alta.
Fonte: Carla Mendes | Notícias Agrícolas