De acordo com a StoneX, as cotações da soja na Bolsa de Chicago registraram uma alta significativa na última semana. Esse movimento foi impulsionado principalmente pela cobertura de posições vendidas por parte dos fundos especulativos e pelas condições climáticas adversas na América do Sul. Apesar do cenário global de oferta e demanda indicar um equilíbrio maior, o contrato de novembro fechou na sexta-feira (27) em 1065,75 cents por bushel, representando um aumento de 5,3% ao longo da semana.
Embora o clima continue sendo um fator relevante para o mercado, ainda é prematuro afirmar que os atrasos no plantio da soja no Brasil irão impactar negativamente a produtividade ou a área plantada.
Condições climáticas na América do Sul
Com o foco voltado para a América do Sul, a expectativa é de que, assim que as condições climáticas melhorem, o plantio avance de forma mais rápida. No entanto, existe o risco de uma concentração das atividades de plantio, o que pode aumentar os riscos para a safra e atrasar o ciclo da oleaginosa, afetando a segunda safra. Até o momento, os produtores brasileiros plantaram apenas 1,5% da área destinada à soja, com o Paraná avançando 11% e o Mato Grosso 0,3%.
Estímulos econômicos da China e impactos no mercado
Outro fator que impulsionou o mercado foi o anúncio do maior pacote de estímulo à economia chinesa desde o início da pandemia. Os investidores receberam bem essa medida, o que gerou maior otimismo no mercado. Enquanto isso, a colheita nos Estados Unidos avança, com 13% da área colhida. Isto, conforme o relatório mais recente do USDA, superando a média de 8% para o mesmo período.
Fonte: Leonardo Gottems | Agrolink