Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago inverteram a tendência e começaram a recuar no início da tarde desta sexta-feira (20), após uma leve alta no início das negociações. Às 12h20 (horário de Brasília), os contratos mais negociados caíam entre 8,25 e 9 pontos, com o vencimento de novembro cotado a US$ 10,04 e o de maio a US$ 10,51 por bushel.
Os preços da soja refletiram as perdas observadas no mercado de farelo de soja, que também mudou de direção, com uma queda superior a 1% nos principais contratos. O contrato de dezembro, por exemplo, era negociado a US$ 316,50 por tonelada curta. Os futuros do óleo de soja também registraram queda, embora de forma mais moderada. Além da soja, as cotações do milho caíram mais de 1%, aumentando a pressão sobre o mercado da oleaginosa.
Influência de condições climáticas e mercado externo
Os investidores continuam atentos às condições climáticas em regiões chave de produção, principalmente no Centro-Oeste do Brasil, que segue enfrentando temperaturas quentes e secas. Outros fatores de impacto incluem o progresso da colheita nos Estados Unidos, o comportamento da demanda global e o desempenho dos mercados financeiros.
Embora a queda recente do dólar, após o corte da taxa de juros pelo Federal Reserve na quarta-feira (18), tenha oferecido algum suporte às commodities negociadas nas bolsas americanas, a moeda voltou a se valorizar nesta sexta-feira. Às 12h40 (Brasília), o dólar avançava 1,2%, cotado a R$ 5,49, adicionando pressão sobre os futuros da soja e seus derivados.
Dificuldades logísticas na Argentina
Os traders também monitoram notícias vindas da Argentina. As dificuldades logísticas devido ao baixo nível do rio Paraná e a possível redução das retenciones (impostos de exportação) sobre a soja e derivados. Essas questões podem influenciar o comportamento dos preços nas próximas semanas.
Fonte: Carla Mendes | Notícias Agrícolas