Safra de algodão 24/25 deve crescer 8% e manter liderança global

Safra de algodão 24/25 deve crescer 8% e manter liderança global
Imagem: Canva

As primeiras estimativas para a safra de algodão 2024/2025, divulgadas pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram apresentadas nesta quarta-feira (18) durante a 76ª reunião do fórum, presidido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). A área plantada no Brasil deve crescer 7,4% em relação ao ciclo 2023/2024, chegando a 2,14 milhões de hectares.

Dado o cenário atual, e com uma produtividade projetada de 1.859 quilos de algodão beneficiado por hectare (crescimento de 0,6%), a produção nacional pode alcançar 3,97 milhões de toneladas, representando um crescimento de aproximadamente 8%.

Os números apresentados são mais otimistas do que os divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no dia anterior, que previu uma produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma em uma área de 2 milhões de hectares, com produtividade de 1.831 quilos por hectare. A reunião da Câmara Setorial ocorreu de forma virtual e contou com a participação de diversos segmentos da cadeia de valor, incluindo indústrias e exportadores.

Dados da safra 2023/2024

Durante a reunião, também foram consolidados os dados da safra 2023/2024. No quinto levantamento do período, o Brasil registrou uma área total de 1,99 milhão de hectares, com uma produção de 3,68 milhões de toneladas de algodão em pluma e produtividade de 1.848 quilos por hectare, praticamente inalterada em relação ao levantamento de junho de 2024.

Mato Grosso lidera a produção com 2,67 milhões de toneladas colhidas em 1,47 milhão de hectares. A Bahia vem em seguida, com 679,8 mil toneladas em 345,4 mil hectares. Já Mato Grosso do Sul produziu 66,6 mil toneladas em uma área de 32 mil hectares.

Desafios e recomendações

Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa e da Câmara Setorial, comentou que as projeções para a safra 2024/2025 ainda são preliminares. “A produtividade dependerá principalmente das condições climáticas, sobre as quais não temos controle. Diante do mercado atual, recomendamos que os produtores otimizem seus custos e aumentem a produtividade para compensar os preços menos atrativos”, afirmou Schenkel.

Liderança global nas exportações

Miguel Faus, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), afirmou que as expectativas para o próximo ciclo indicam que o Brasil manterá sua posição como maior exportador global, superando os Estados Unidos em volume exportado. No entanto, o mercado internacional de algodão tem registrado flutuações nos preços, variando entre 68 e 72 centavos por libra-peso, devido à fraca demanda global.

“A oferta global de algodão, impulsionada por grandes safras no Brasil, EUA e Austrália, contrasta com uma demanda moderada, especialmente pela redução das importações da China, que atualmente absorve apenas 20% das exportações brasileiras, em comparação aos 50% do ciclo anterior”, explicou Faus.

Desempenho da indústria têxtil em 2024

De janeiro a julho de 2024, a produção têxtil no Brasil cresceu 3,6%, enquanto o setor de vestuário registrou alta de 1,3%. No entanto, ao longo de 12 meses, o vestuário ainda apresenta queda de 1,4%. A importação de vestuário cresceu 12,9% de janeiro/agosto, enquanto as exportações de têxteis caíram 9,5%, impactadas pela crise econômica na Argentina, principal mercado brasileiro.

Oliver Tan Oh, representante da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), destacou a recuperação do varejo de vestuário, que deve atingir crescimento de 1,1% até o final de 2024, impulsionado pela confiança empresarial e pela expectativa de crescimento do PIB.

Alternativas logísticas para exportação

Durante a reunião, Luiz Antonio Pagot, consultor da Abrapa, apresentou um estudo sobre alternativas logísticas ao Porto de Santos para a exportação de algodão. Segundo o consultor, portos como Itajaí, Itaguaí e Salvador estão sendo avaliados como opções viáveis para reduzir custos e melhorar a eficiência logística.

O Porto de Salvador surge como uma alternativa promissora, reduzindo os custos de transporte de R$ 1.700 para R$ 900 por contêiner. “Salvador oferece boa infraestrutura, armazéns especializados e uma linha direta para a Ásia, com tempo de trânsito competitivo e contêineres vazios disponíveis”, afirmou Pagot.

Fonte: Abrapa | Notícias Agrícolas

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