Prometey fecha silos de grãos devido à guerra e ao clima

Prometey fecha silos de grãos devido à guerra e ao clima
Imagem: Canva

A Prometey, uma das maiores propriedades agrícolas do sul da Ucrânia, recentemente anunciou o fechamento de alguns de seus silos de grãos e cortes no quadro de funcionários, devido às dificuldades econômicas resultantes da invasão russa e do clima desfavorável, que consequentemente causaram uma queda significativa na colheita.

Além disso, em comunicado divulgado nesta segunda-feira (16), Elena Zinovieva, chefe do departamento de desenvolvimento de negócios da Prometey, afirmou: “No terceiro ano consecutivo, a guerra também atingiu o grupo de empresas Prometey”.

A empresa, que conseguiu manter os empregos de mais de 1.200 funcionários mesmo durante o conflito, agora se vê obrigada a reduzir sua equipe. Além disso, a empresa manterá fechada três dos seus 28 silos de grãos. Durante a guerra, a Prometey perdeu sete silos e cerca de 2.000 hectares de terra ficaram sob ocupação russa.

A Prometey cultiva mais de 20.000 hectares de terra, principalmente no sul da Ucrânia, onde ondas de calor e uma seca recorde atingiram duramente as regiões neste verão. A empresa relatou que a quebra de safra foi expressiva, impactando diretamente a produção.

Impacto climático severo

Inicialmente otimista quanto à colheita de 2024, a Prometey foi surpreendida pelo verão excepcionalmente quente. De acordo com a empresa, este foi o verão mais quente dos últimos 100 anos na Ucrânia, afetando gravemente a produtividade agrícola.

A Prometey destacou que culturas essenciais como soja, lentilhas e girassol, que ocupam cerca de 7.000 hectares de suas terras, sofreram impactos significativos devido ao clima seco, resultando em uma colheita muito abaixo do esperado.

Apesar das dificuldades, a empresa reafirma seu compromisso com a agricultura ucraniana. “Apesar das condições difíceis, a Prometey continua a lutar pela sua sobrevivência. Entretanto, se a situação não melhorar em breve, decisões mais drásticas poderão ser necessárias para salvar o negócio”, concluiu a empresa.

Fonte: Pavel Polityuk | Notícias Agrícolas

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