De acordo com informações da StoneX, a soja negociada em Chicago enfrentou mais uma semana de queda, impulsionada pelo novo relatório de Oferta & Demanda do USDA, que trouxe estimativas robustas para a safra nos EUA. O vencimento de setembro recuou mais de 5% na semana, fechando a US¢938,75/bu.
O USDA, por sua vez, revisou a área destinada à soja, aumentando-a em mais de 400 mil hectares, totalizando, assim, 35,25 milhões de hectares, e ajustou o rendimento esperado para 3,58 ton/ha, levemente acima da estimativa da StoneX, que é de 3,54 ton/ha. Globalmente, a produção deve, portanto, superar o consumo em mais de 25 milhões de toneladas, reforçando, desse modo, o cenário baixista no mercado. Nesta semana, espera-se, ademais, que novos dados sobre a produtividade norte-americana sejam divulgados à medida que mais agentes realizam avaliações de campo.
Além disso, o óleo de soja também enfrentou pressão, encerrando a semana em queda na bolsa de Chicago. A tela de setembro/24 registrou, afinal, uma cotação de US¢39,2/lb, representando uma significativa queda semanal de 6,0%. A pressão decorre, igualmente, do aumento na produção de soja nos EUA, possível redução do uso para HVO em 2028 e isenção para pequenas refinarias.
Óleo de palma manteve-se firme com demanda robusta e preocupações na produção, especialmente na Indonésia, que se prepara para o B40 em 2025. Contudo, a queda no preço do óleo de soja e exportações menores da Malásia reduziram o diferencial com o óleo de palma, que caiu 1,2%.
Fonte: Leonardo Gottems | Agrolink