Em agosto, além disso, os preços da soja brasileira subiram ligeiramente, com um aumento de 0,7% em comparação ao mês anterior, segundo estudo de Marcela Marini, analista de Grãos e Oleaginosas do Rabobank. Esse reajuste, afinal, foi amplamente influenciado pela desvalorização do real, que ajudou a impulsionar os preços da commodity no mercado interno. A moeda brasileira mais fraca aumentou, consequentemente, a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional, refletindo-se nos preços mais altos.
Por outro lado, no mesmo período, o preço do milho também registrou um aumento significativo de 4% em relação ao mês anterior. Novamente, a desvalorização do real desempenhou um papel importante, sustentando os preços elevados do milho e impactando positivamente os valores pagos aos produtores e exportadores.
Em contrapartida, em termos de exportação, é correto afirmar que o Brasil enviou 11,2 milhões de toneladas métricas de soja em julho de 2024, marcando uma redução de 16% em relação ao mês anterior. No entanto, apesar dessa diminuição, as exportações acumuladas no ano estão 4% acima do ano passado, evidenciando uma recuperação em comparação com a redução na produção para a temporada 2023/24.
As exportações de milho do Brasil em julho somaram 3,6 mi/t, uma queda de 16% comparado a julho de 2023. No acumulado do ano, as exportações estão 25% abaixo das do ano anterior. A combinação de uma menor safra brasileira e uma colheita maior na Argentina fez com que o mercado se voltasse para fontes alternativas mais econômicas. Isto impactou as vendas externas.
Fonte: Leonardo Gottems | Agrolink
