O Brasil tornou-se oficialmente o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos pela primeira vez, uma meta prevista para 2030, mas atingida antes do fim do ano comercial de 2023/2024. A 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão celebrou a conquista durante o XXI Anea Cotton Dinner, em Comandatuba, Bahia.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), na safra atual, o Brasil deve colher cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado e exportar aproximadamente 2,6 milhões de toneladas. A colheita está acelerando e a qualidade da produção deve superar a da safra 2022/2023. Comercializaram cerca de 60% da produção.
“A conquista da liderança mundial no fornecimento da pluma marca um marco histórico, mas não constitui uma meta em si, e não se previa alcançá-la tão cedo. Antes disso, trabalhamos continuadamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência”, explica o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel.
Brasil ascende à liderança global em algodão
Schenkel destaca que, há mais de duas décadas, o Brasil era o segundo maior importador mundial de algodão. Ele atribui essa mudança ao intenso trabalho e investimento na reestruturação da atividade, com foco em pesquisa, desenvolvimento científico, profissionalismo e cooperação. Ademais, considera o marco uma fonte de orgulho para produtores e cidadãos brasileiros.
Miguel Faus, presidente da Anea, enfatiza a incerteza quanto à liderança global do Brasil no próximo ano. Mencionando o aumento previsto na safra americana, que pode superar a do ano anterior. Contudo, ele destaca que o pódio reflete anos de esforço de todo o setor, incluindo produtores, exportadores e a cadeia logística. Finalmente, ele reconhece que a meta foi alcançada antes do previsto, com a quebra na safra americana influenciando significativamente o resultado.
Fonte: Leonardo Gottems | Agrolink