A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, participou de um webinar do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), nesta terça-feira (5), para debater o futuro das exportações para o país asiático.
O presidente do CEBC, embaixador, Luiz Augusto de Castro Neves, fez a abertura do evento online, que contou com a presença do head de Relações Externas da Vale, Gustavo Biscassi, e do gerente-geral Ásia e Pacífico da ApexBrasil, Rodrigo Gedeon. O diretor de Conteúdo e Pesquisa do CEBC, Tulio Cariello, foi o moderador do debate.
As exportações brasileiras para a China chegaram ao quarto recorde consecutivo em 2023, atingindo US$ 104 bilhões, o maior valor vendido pelo Brasil para um só país na história. Diante desse cenário, os painelistas discutiram as perspectivas de aumento dos negócios no mercado chinês e os desafios para os próximos anos.
Em webinar do CEBC, painelistas debatem o futuro das exportações para o país asiático. Sueme Mori enfatizou a necessidade de exportar commodities para a China e diversificar o setor agrícola diante da crescente demanda global por alimentos.
“O governo chinês sabe que, mesmo que aumentem a produção interna, não vão conseguir chegar à autossuficiência. Então, temos que aproveitar o espaço desse mercado para também exportar produtos como café, mel, frutas”.
Brasil solidifica liderança no agro asiático
Sueme prevê que a China, com crescimento populacional e renda, manterá-se como principal mercado para os alimentos brasileiros. Mori atribuiu o aumento nas exportações de milho Brasil-China à quebra de safra nos EUA e Argentina, e à guerra Rússia-Ucrânia, que afetou oferta global.
“As exportações de milho dos EUA caem para US$ 1,7 bi em 2023, o Brasil assume liderança devido à safra recorde. Uma junção de fatores fez com que o milho se destacasse no ano passado”, afirmou.
Diretora da CNA destaca Brasil como grande fornecedor de carnes para China, porém queda de preços internacionais preocupa o setor.
Em 2021 as exportações de carne suína cresceram. A China prevê queda em importações de carne suína e frango, porém aumento na de carne bovina, devido a urbanização e renda crescente.
Fonte: Datagro