A União Nacional do Etanol de Milho (Unem), que representa a cadeia produtiva do bioetanol de milho e cereais, está otimista com o anúncio de investimentos para fomentar o desenvolvimento da indústria nacional com foco na sustentabilidade e no estímulo à bioeconomia e transição energética.
De acordo com o plano ‘Nova Indústria Nacional’, haverá duas iniciativas que contemplam o setor de bioetanol. Estão previstos:
- R$ 19,3 bilhões para ampliação das exigências de sustentabilidade de automóveis e para a produção de novas tecnologias de mobilidade;
- Elevação da mistura do etanol à gasolina de 27,5% para 30%;
Os investimentos terão como meta reduzir emissões de CO2 da indústria em 30%, aumentar biocombustíveis na matriz de transportes em 50% e elevar uso sustentável da biodiversidade em 1% anualmente.
A Unem enfatiza a importância do PL 4516/2023, “Combustível do Futuro”, para a transição energética e redução de emissões, focando em combustíveis renováveis.
Potencial líder na produção sustentável de biocombustíveis
De acordo com o presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, o Brasil possui toda uma cadeia de valor vocacionada para produção de biocombustíveis a partir da biomassa, como cana-de-açúcar, e de grãos cultivados na segunda safra de áreas já consolidadas e sem competir com a produção de alimentos.
“As políticas públicas são fundamentais para que o Brasil se torne um protagonista mundial na corrida pela descarbonização, sobretudo da mobilidade. Temos matéria-prima e tecnologia para aumentar a produção sem que seja necessário a abertura de novas áreas. Além disso, a indústria de bioetanol de milho e cereais valoriza excedentes exportáveis, impulsionando renda e desenvolvimento rural e urbano, enfatiza Guilherme Nolasco.
Atualmente, o Brasil possui 22 indústrias de etanol de milho e cereais em operação e cerca de dez projetos com autorização para construção. Na safra atual, 6,02 bilhões de litros de etanol de milho serão produzidos, 17% do total nacional.
Fonte: Notícias Agrícolas