A consultoria Rystad Energy apresentou projeções indicando um possível El Niño mais intenso em 2024. Isso gera preocupações sobre o preço da energia elétrica no Brasil e na América do Sul. Este fenômeno climático tem o potencial de modificar o regime de chuvas. Isso pode impactar diretamente as hidrelétricas. Consequentemente, pode resultar em maior acionamento de usinas termelétricas. Estas usinas, que funcionam com combustíveis fósseis, são dispendiosas e prejudiciais ao meio ambiente. Isso pode ter implicações significativas para os consumidores de energia no Brasil.
De acordo com os dados da Portal Solar, a escassez de chuvas e a baixa nos reservatórios hidrelétricos podem aumentar a competitividade da geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Isso oferece uma alternativa viável e rentável para os consumidores que buscam soluções mais sustentáveis e econômicas de suprimento de energia.
Previsão de crescimento robusto da energia solar no Brasil em 2024
Rodolfo Meyer é o CEO do Portal Solar. A empresa possui mais de 200 unidades em todo o país. Além disso, milhares de sistemas fotovoltaicos já foram instalados. Meyer acredita que o mercado de energia solar está à beira de um novo ciclo de crescimento robusto em 2024. Ele destaca que a incerteza em relação ao preço da tarifa para os brasileiros no próximo ano aumenta a demanda pela energia solar como uma medida de segurança de suprimento e redução de gastos.
Crescimento da Demanda devido à Onda de Calor: Além disso, a atual onda de calor que afeta o Brasil está provocando um aumento no consumo de eletricidade em todo o país, colocando ainda mais pressão sobre os recursos hídricos na matriz elétrica nacional. Isso pode impulsionar ainda mais a busca por alternativas de energia sustentável.
A consultoria Rystad Energy prevê que o El Niño afetará de forma diferente as regiões do Brasil, com mais chuvas na região Sul, enquanto o Norte e o Nordeste podem enfrentar períodos de seca. Isso terá implicações específicas nas condições de fornecimento de energia em cada região.
Fonte: Aline Merladete | Agrolink