Os produtores argentinos negociaram 3,6 milhões de toneladas de soja no mercado doméstico. Afinal, isso ocorreu desde a introdução do esquema do quarto dólar no país, no mês passado. A Bolsa de Cereais de Rosário (BCR) reportou esses dados ao AgriCensus.
No momento do relatório de 26 de setembro, o novo comércio somou 2,4 milhões de toneladas. Os preços fixados para contratos anteriores, até 5 de setembro, totalizaram 1,2 milhão de toneladas.
A média diária de comércio é de 265.000 toneladas. A meta de 4,5 milhões de toneladas de soja deve ser alcançada, analogamente à receita almejada pelo governo de US$ 2,5 milhões com o esquema, acrescentou Patiño. Portanto, Javier Preciado Patiño, o analista, prevê que apenas 1,2 milhão de toneladas precisam ser negociadas até o final da semana do relatório.
Em vigor até 30 de setembro, o programa – introduzido para impulsionar as exportações e as receitas em moeda estrangeira – provavelmente não será prorrogado, segundo o relatório.
Argentina estende o programa ‘dólar-soja’ para impulsionar exportações e transações financeiras
Patiño afirmou ao AgriCensus que não prorrogariam a coleta de dólares, pois haviam alcançado o objetivo de coletar dólares antes das eleições e também porque não havia muita soja sobrando.
As eleições presidenciais do país ocorrem em outubro e o Ministro da Economia, Sérgio Massa, está concorrendo ao cargo.
O quarto esquema de dólar de soja permitiu que os esmagadores usassem livremente 25% de suas receitas de exportação em moeda estrangeira, enquanto trocavam os 75% restantes à taxa oficial de 350 pesos por dólar.
No primeiro esquema de dólar-soja, lançado em setembro de 2022, as vendas atingiram 13,2 milhões de toneladas. No segundo esquema, iniciado em dezembro de 2022, as vendas foram de 5,3 milhões de toneladas, conforme o relatório.
Durante o terceiro esquema de dólar-soja, que vigorou de abril a junho deste ano, as vendas totalizaram 8,4 milhões de toneladas.
De 5 a 25 de setembro, houve um total de 729.355 toneladas de pedidos de licença de exportação de soja (DJVEs). Os pedidos de exportação de óleo de soja alcançaram 7.744 toneladas, enquanto os de farelo de soja foram de 1.350 toneladas, de acordo com dados da BCR.
Os volumes indicaram que, dentre os DJVEs, a soja em grão teve uma participação de 99,7%. Por outro lado, o farelo e o óleo de soja tiveram uma contribuição de apenas 0,3%, conforme informou a bolsa.
O relatório indica que importamos 42% da soja esmagada na Argentina desde o início do ano civil.
De janeiro a agosto, as importações de soja totalizaram 8,17 milhões de toneladas. Segundo Patiño, 52% vieram do Paraguai, enquanto 44% do Brasil.
Fonte: Oils & Fats International