El Niño deve aumentar pressão causada por pragas e doenças na safra atual, diz especialista

El Niño deve aumentar pressão causada por pragas e doenças na safra atual, diz especisliasta
Imagem: Adobe Stock

El Niño. A ação desse fenômeno climático predominará na safra agrícola 2023/2024, cujo plantio se aproxima, e pode trazer consigo grandes desafios fitossanitários para os agricultores das diversas regiões do país. A expectativa é que haja irregularidade nos períodos de chuva e registro de temperaturas mais altas, gerando com isso o ambiente propício para a maior presença de insetos e fungos que prejudicam as lavouras.

Leandro Valerim é engenheiro agrônomo e mestre pela USP. Ele é gerente de inseticidas na UPL Brasil. Ele explica que com El Niño, as regiões Sul e Sudeste do Brasil tendem a ter mais chuvas. Em contraste, partes do Norte e Nordeste enfrentam estiagens severas e temperaturas altas, favorecendo períodos de seca e aumento da pressão de insetos sugadores.

Impacto do El Niño nas safras e preços de commodities agrícolas: Ameaças de pragas e variações climáticas desafiam agricultura

Essa variação climática pode aumentar a pressão causada por insetos, como os percevejos e a mosca-branca. Essas pragas sugadoras têm potencial para gerar perdas superiores a 30% no cultivo de soja, por exemplo, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O problema, entretanto, não se resume a essa cultura, podendo afetar milho, algodão e feijão, assim como as diversas variedades de hortaliças, legumes e frutas.

Marcelo Figueira, gerente de fungicidas da UPL Brasil, destaca que o fenômeno El Niño está impactando a Safra (23/24). Isso resulta em mudanças nos padrões climáticos. Pesquisadores do INMET e da EMBRAPA confirmam aumento nas chuvas, temperaturas e alterações na umidade relativa do ar.

Em anos de El Niño, ocorrem mais chuvas em áreas específicas, como no Sul do País, e elevação das temperaturas. Por outro lado, no Norte e Nordeste, há tendência de seca severa, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste, as temperaturas médias aumentam e a distribuição de chuvas se torna irregular.

A sexta-feira (22) começa com os preços internacionais da soja futura operando no campo positivo da Bolsa de Chicago (CBOT). Em conclusão, as principais cotações flutuavam na faixa entre US$ 12,99 e US$ 13,35 por volta das 07h59 (horário de Brasília). Além disso, o vencimento novembro/23 era cotado à US$ 12,99 com alta de 5,50 pontos, o janeiro/24 valia US$ 13,17 com elevação de 6,75 pontos, o março/24 era negociado por US$ 13,28 com valorização de 6,25 pontos e o maio/24 tinha valor de US$ 13,35 com ganho de 5,75 pontos. Portanto, o mercado da soja estava apresentando um desempenho positivo nesse momento.Para evitar prejuízos econômicos e manter a alta produtividade, os especialistas sugerem o investimento em tecnologias eficazes contra insetos e fungos.

Fonte: Notícias Agrícolas

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