Nos últimos três anos, a Argentina enfrentou uma séria crise devido à seca intensa, que afetou significativamente a produção de gado.
No entanto, uma notícia esperançosa surge no horizonte, com a expectativa de que o El Niño traga alívio à situação. Espera-se que as chuvas acima da média auxiliem na recuperação das pastagens, viabilizando a recomposição dos rebanhos locais.
Ademais, devido à recuperação das pastagens, o USDA prevê um abate de 13,4 milhões de cabeças em 2024, em linha com a média de 2018 a 2022. Isso representa uma queda de 900 mil cabeças em relação ao ano de 2023, que está sendo marcado por desafios climáticos e econômicos.
O impacto da inflação e das mudanças políticas na exportação de carne bovina
“Paralelamente ao poder de compra corroído pela inflação, a queda de quase 30% no preço de exportação à China e o clima seco, que forçou a venda de vacas vazias e bezerros de baixo peso, ajudaram a deprimir os preços dos bezerros e gado no primeiro semestre. As expectativas de melhora climática e de mudança no ambiente político trouxeram um aumento no preço do gado em agosto”, pontua análise da DATAGRO Pecuária.
As expectativas de uma melhoria nas condições climáticas e possíveis mudanças no ambiente político impulsionaram um aumento nos preços do gado neste mês. No entanto, o futuro político ainda é incerto, com duas das principais campanhas políticas prometendo alterações no controle das exportações e melhorias na taxa de câmbio, o que poderia afetar os preços internos e a disponibilidade de gado para abate.
“Ainda em 2023, a tendência para a carne bovina é de que o consumo per capita interno aumente, pois o grande abate de gado não é sustentado pelas exportações. Isto torna os preços internos da carne bovina competitivos em relação à carne de suína e de aves. Contudo, para 2024, a expectativa de menor produção de carne bovina e melhorias na exportação podem inverter esse cenário”, avalia a DATAGRO Pecuária.
Fonte: Datagro