Imagem: Pixabay
A participação das fontes renováveis na geração de energia elétrica no Brasil atingiu, em março deste ano, o maior patamar desde o início do século. É o que destaca o Boletim Mensal de Energia referente ao mês de março, publicado nesta quinta-feira (29/06), pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Segundo a publicação, a contribuição de renováveis na Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) chegou a 90,4% no acumulado até março.
A OIEE é contabilizada a partir das parcelas da Geração Centralizada, da Geração Distribuída (GD), da Autoprodução de Energia (APE), dos Sistemas Isolados e do Intercâmbio de Energia Elétrica. De acordo com a publicação, o recorde de março foi resultado das favoráveis condições pluviométricas e do forte crescimento das renováveis no País. Esses fatores também ajudaram a reduzir a utilização de termelétricas a carvão, a gás natural e por derivados de petróleo, aumentando a renovabilidade na geração.
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A presença das fontes renováveis na Oferta Interna de Energia (OIE) também foi alta: estimada em 48,6% no acumulado até março, aponta o Boletim Mensal de Energia, realizado pelo Departamento de Informações, Estudos e Eficiência Energética (DIEE), da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME (SNTEP). De acordo com o DIEE, desde que apresentou uma queda em 2021, a OIE e OIEE têm apresentado resultados mais relevantes na participação de renováveis. A OIE partiu de 45% em 2021, para 47,4% em 2022.
Já a OIEE atingiu, em 2021, 78,1% de renovabilidade, mesmo diante à escassez hídrica. Em 2022, alcançou 87,9%. A Geração Distribuída (GD) fotovoltaica tem crescido na matriz elétrica, em todos os anos. Só de março de 2022 a março de 2023 registrou um crescimento de 93,9% em capacidade instalada. A figura a seguir demonstra o aumento da capacidade instalada solar:
Ainda no boletim de março, outro destaque foi a publicação da Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que alterou o teor da mistura obrigatória de biodiesel no óleo diesel para 12% a partir do mês de abril, e a evolução progressiva deste percentual que deverá atingir 15% até o ano de 2026. A resolução estabeleceu também parâmetros para fomentar as aquisições do combustível renovável por meio do Programa Selo Biocombustível Social para as Regiões Norte, Nordeste e Semiárido (Nordeste e norte de Minas Gerais). Este Programa visa à redução da emissão de gases causadores do efeito estufa, à geração de empregos e renda para os pequenos produtores das regiões abrangidas, além de contribuir para a redução das importações do produto fóssil.
Fonte: Datagro
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